SP não para, lugar onde o instante de agora já é passado.

Da janela, vejo três helicópteros. Falo: veja, três helicópteros bem juntos, parecem urubus à espreita. Gabi responde: Deve ter acontecido alguma coisa. Eu: Estão sobre um lugar que me parece o começo da Paulista. Ela: Deve ser o José Alencar veja, a 23 está parada na outra pista, sim, ela está vazia, às 7 horas da manhã! Os helicópteros avançam em nossa direção e acompanhamos um início de movimento na 23 de maio rumo ao aerorporto. Carros pretos. Passa José Alencar, em seguida uma legião de motos e após o mundo de carros, e a realidade suspensa pela passagem do corpo que parou a paulista volta e tudo já é passado novamnete. Falo, diante do inexorável, o que parece sempre desnecessário, alguns clichês esgotados nestas últimas horas, homem forte, lutador, ela diz, um Highlander (guerreiro que nunca morre), Gabi ainda comenta, em SP é assim, pronto, agora a vida tem que seguir. E segue, anômima, lá embaixo. Daqui deste décimo quinto andar ainda comento, com sentimento: um homem da direita amado pela esquerda. 
Penso nisto e vejo que era apenas um homem cheio de valores, e as pessoas amam gente assim, porque são bem raras...

Comentários

  1. A vida não passa. Ela está sempre aí. Nós é que passamos, e podemos escolher como fazer isso.

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