Tarde sabatista

A chuva cai tão devagar que posso pará-la com a mão.
Eu sempre pude, na verdade.
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Vejo fotografias antigas  e me pergunto, quantos efeitos em photoshop teremos que aplicar para descobrir as verdades que a película nos dava com tanta simplicidade...?
Bem como a vida, moderna, elaborada, de efeitos: onde está a película básica da vida...? Ou a vida de verdade não existe e vivemos este mundo em positivo?
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Um dia fui ver a exposição das fotografias dos Irmãos Lumière.
A cor era de um tom que não podemos construir impunemente, hoje em dia.
Vi fotografias como esta que posto, feita na década de 70, portanto não fui nem eu quem fiz, nem Louis nem Auguste.
Apenas a redescobri.
Nela, aparecem a mãe e a filha. O pai, Affonso, fotografou.
As tardes de sábado podem também ser assim, desbotadas. E conter toda a paixão de uma história fotográfica, e toda memória...

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