O Início Surpreendente do Inverno


Acostumei ver sol nascer neste Campeche.
Mas depois dele, vinham as tainhas, dias sim, dias não, e todas as minhas gentes lá. E era como se eu fosse daquelas gentes.
Hoje fui cedinho. Ficamos trocando mentiras ali naquele trapiche onde batiam as ondas. Planejando pescarias pelo Brasil, indo ao Rio Grande, enfrentando o Minuano, pegando tainhas de boca de batom e de mais de dez quilos...
Maré alta e mar mexido, pularia uma manta inteira e não teria canoa que entrasse naquele mar. Ou teria? Perguntei a Valdemar: e se avistássemos agora a manta...? Ele: Ah, daí, acho que a gente saía (sair para o mar).
Hoje, mexendo em minhas primeiras fotografias  em PxB, lá está Getúlio, Vitor, o Paulo jovenzinho, outros...
Desde que eles são meninos, nunca se viu esta praia tão sem peixe. Até tem umas aves marinhas que sinalizam a existência de pequenos cardumes, provavelmente de manjuvas (manjubas). Nada mais.
Foram muitas ressacas, chuvas, mar bravo e avançado. Alguns arriscam que a culpa é do aterramento das baías da ilha, a Sul e a Norte. O mar vai procurando outros caminhos, outras vazantes, o mar não é bicho, é gente feito nós. E não...?
O Pântano do Sul deu mais sorte. No dia em que fui visitá-los, mataram cinco mil na rede do Dario.
Duas fotografias para ilustrar as gentes do Pântano do Sul, no dia de pesca deles, começo do mês de junho.

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