das Coisas Banais

O Amor é banal...?
Quando vamos escrever sobre o Amor, dizemos que sufocamos sem ele. Que ficamos plenos com ele. E que ninguém deveria viver sem, ou ao menos, sem buscar o Amor. Diremos tudo que já foi dito, e sem o mínimo de originalidade. Porque o banal é isso: aquilo que já perdeu a originalidade. Ah, mas isto é porque não somos poetas, senão, falaríamos como Drummond, 'O que pode uma criatura, senão, entre criaturas, amar...?' Porque ele sim falou com grandiloqüência: este o destino nosso, amar, e ver nosso amor distribuído, ainda que entre as coisas pérfidas e nulas. E se a frase ficou bonita é porque estou contando do Amor descrito por Drummond. E se falasse Tolstoi, diria, 'todas as coisas que compreendo, as compreendo somente porque amo'. Enfim, se quisesse ser original, citaria os filósofos, os poetas e traçaria uma infinitude de magníficas criações literárias. Mas eu, que amo deste mesmo amor, sequer posso falar dele sem ser, absurda, triste e repetitivamente... banal!
'...e de amar assim, muito amiúde, é que um dia, em teu
corpo de repente, hei de morrer de amar mais do que pude'. (Vinícius de Morais)

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