Fotografia Transmoderna


Enquanto as super tecnologias aprimoram cada vez mais a definição das imagens, a rapidez e o poder de armazenagem dos equipamentos, bem na contramão, até sorridente, vem vindo a Lomografia, que é a anti técnica, uma espécie de laissez faire da foto, onde, na maioria das vezes, você nem sabe exatamente o resultado da imagem que clicou. A proposta é apenas sentir, perceber, e deixar que a câmera processe e entregue o que acaba se tornando mero produto. A maior importância da Lomo é não ser endeusada. E por não ser comercial, acabou se tornando comercial.
Estou cansada de ter que dedicar tanto tempo aos raws da vida... Mas também não sou lomógrafa. O laboratório pxb era mais divertido e mais charmoso. Mais intimista. Parece algo como comparar cerveja e vinho. Demorei um pouco a utilizar a tecnologia digital, na fotografia. Cedi, quando os 16 milhões de cores viraram cinco vezes mais que as cores do cromo... Então, a fotografia digital tem mais qualidade. Mas é mais chata. E forma toda uma geração que tem que pensar menos na imagem antes de fazer. Porque clicar sai infinitamente mais barato. Um cromo custava caro... O filme PxB, suor e dedicação... Já, a digital, se der errado, é só clicar na ‘lixeirinha’. Na fotografia digital, a imagem vira lixo com freqüência demais para o meu gosto. Mas, claro, acelerou meu trabalho. Comercialmente, é um caminho sem volta. Está bem assim. Não vou criticá-la, tem gente demais de plantão do lado de lá...

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