Ê, Pará...


O Pará é lindo. Visto de cima, uma beleza recortada por serpentes de água. A mata, uma pena, é colcha de retalhos verdes. O povo, aquela beleza de lidar com o povo do Norte... A religiosidade, as festas, os mercados, tudo novo para uns olhos que já viram Brasil... O Norte é o Norte, desigual de doer, doer de lindo e doer de dor doída também, porque tem um abandono lá que se percebe histórico. No frigir dos ovos, ver os amigos, tomar Cerpa, nadar nas águas quentes dos rios e comer peixes de 40 quilos que ainda são filhotes... História é o que não falta deste Norte. Nem belezas. Infelizmente, também não faltam mazelas do povo. Porque faltar, faltar, parece que só falta uma coisa: governança para educar, dar ensino que preste, cumprir o que promete, pelo menos no que tange a quem de fato necessita: os mais pobres, que falam mais fraco... Povo do Norte, que mexe mais comigo que o avião da Air France, que me comove mais que Villa-Lobos, que é mais doce que o cupuaçu. Uma foto no Mercado ver o Peso. Mulheres vendendo a cura para todos os males. (A mulher paraense é abundante, exuberante, vigorosa, sorridente, morena: elas me pareceram lindas e fortes).

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